"Como o sol nasce da aurora, de Maria nascerá Aquele que a terra seca em jardim converterá"!
Salve Maria!
Ao longo dos anos, durante o período preparatório do Advento, várias vezes entoamos o cântico citado acima em alusão à espera do Senhor, que chega a seus tempos últimos. A Liturgia nos ajuda a mergulhar mais profundamente nos mistérios salvíficos de Cristo, fazendo-nos experimentar de sua eficácia na nossa conversão através da reflexão própria do tempo e de uma maior vivência sacramental.
No contexto da ação Messiânica na História da Salvação, da qual constitui sua realidade máxima, para que fosse cumprido aquilo que foi dito pelo Espírito Santo através da boca dos Profetas, encontramos em Maria seu papel fundamental. A Virgem Maria fora preparada e escolhida por Deus para gerar em seu ventre o Filho Unigênito do Pai, o Verbo de Deus pelo qual tudo foi criado, inclusive Ela mesma.
Aquilo que foi predito pelos Profetas, começa a se tornar concreto através da Concepção Imaculada de Maria, em previsão dos infinitos méritos da Vida, Morte e Ressurreição de seu Filho, e que corresponde a preparação última para o esperado Advento de Cristo: "Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha, que tira os nossos pecados" (Prefácio Eucarístico da Solenidade da Imaculada Conceição).
Por outro lado, o nascimento da Virgem Maria é responsável pela consumação da feliz espera pelo Redentor. Assim como a Aurora precede o surgir do Sol, a natividade da Santíssima Virgem é sinal enfático do breve nascimento do Senhor. Enfim, nascia Aquela pela qual o Autor da Vida deveria vir resgatar as ovelhas desgarradas da Casa de Israel.
Que este dia de Festa Eclesiástica possa representar para nós uma oportunidade de experimentar mais intensamente um renascimento espiritual, através de um maior empenho na Vida da Igreja e testemunhando de forma mais verdadeira a Fé Cristã.
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