domingo, 30 de dezembro de 2012

Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria: 300 Anos


Salve Maria!

Este ano, que está prestes a ser concluído, marca um importantíssimo momento para a Igreja e, de modo particular, para todos os movimentos marianos presentes em seu seio. O motivo para isso, evidentemente, são as comemorações em razão dos 300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, escrito pelo sacerdote francês São Luiz Maria Grignion de Montfort (1673-1716). Seria um crime se eu deixasse que esse tempo passasse sem tecer um comentário, por menor que seja a respeito dessa obra-prima.

O presente Tratado é fruto de uma inspiração divina incontestável, de um incomensurável amor filial por Maria, de um imenso zelo pela salvação das almas e de uma pesquisa minuciosa, que levaram o Santo de Montfort a escrever um dos livros mais importantes do campo devocional da Mariologia, e uma das obras mais lidas do mundo sobre a Virgem Maria.

Com um amor ardente, notado desde as primeiras páginas de tal extraordinária dessa literatura, São Luiz Maria se esforça por demonstrar a excelência dessa devoção no fiel seguimento de Jesus Cristo. Para isso, inicialmente se debruça em revelar o papel importantíssimo que a Santíssima Virgem desempenhou e ainda desempenha no cumprimento dos planos da Augusta Trindade. Expõe a realidade indissociável da união de Deus e de sua Serva diletíssima. O Eterno Pai faz dela seu celeiro precioso, onde deposita todas as suas maravilhas, suas riquezas, seus tesouros, encerrando, por fim, neste Paraíso Terrestre o seu próprio Filho. O Verbo a fez dispensadora de seus infinitos méritos; vivendo, obedecendo e compartilhando com ela, de modo intenso, seus trinta primeiros anos, tempo que precederia sua vida pública. O Espírito Santo exerceu nela o exercício de sua fecundidade, gerando em seu ventre o Verbo Divino que se fazia, então, carne.

Nesta maravilhosa obra, São Luiz prova que a verdadeira Devoção à Virgem Maria é um meio excelentíssimo de viver de modo efetivo as promessas do Batismo. Para fazer-nos enxergar a realidade que está nos apresentando, ele aponta a distinção entre a genuína entrega, essa real escravidão de amor, a Jesus por Maria daquelas falsas devoções, infelizmente tão praticadas.

Tão fascinante é a demonstração feita, e tamanhos são os frutos provenientes da Devoção proposta pelo Santo de Montfort, que vários santos utilizaram seus ensinamentos para trilhar, do modo mais fiel possível, os caminhos de Nosso Senhor. Um dos exemplos mais evidentes desse entrega total foi aquele presente na vida do Beato João Paulo II, que adotou como lema de seu pontificado o Totus tuus (“Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt” – em português: “Sou todo teu, e tudo o que é meu é teu). Todavia, outras tantas são as almas “anônimas” que avançam na busca da perfeição, utilizando esse meio seguro de chegar ao Coração de Jesus.

Para encerrar este brevíssimo comentário acerca de tão providencial escrito, recomendo a todas as almas que desejam estreitar sua relação com o Senhor, de modo a caminhar de modo mais perfeito em direção à Santidade, que adquiram esse verdadeiro manual de autenticidade cristã, a fim de descobrirem o verdadeiro tesouro oculto na Devoção à Santíssima Virgem.

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