sábado, 28 de abril de 2012

"Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt".


Salve Maria!

Hoje, para toda a Igreja, sobretudo para nós legionários, reverenciamos um dos mais belos exemplos de devoção e amor filial à Virgem Maria; um dos maiores santos e mariólogos que possui a Santa Esposa de Cristo; um homem que se submeteu espontaneamente à total servidão a Jesus Cristo por meio de sua Santíssima Mãe; neste dia, veneramos de modo particular nosso amável padroeiro São Luiz Maria Grignon de Montfort.

A vida deste santo servo de Deus foi verdadeiramente um jardim, em que a Trindade semeou belíssimas flores. Isso porque São Luiz encontrou um meio extremamente eficaz, um singular atalho, para chegar aos braços adoráveis do Augusto Redentor: descobriu que por meio da devoção à Virgem Maria conseguiria, sem dúvidas, alcançar a Santidade.

Contemplando por toda a vida a singela figura da "humilde Maria", viu naquela bendita mulher, da qual pouco falam os Evangelhos, um exemplo fidedigno de total submissão à vontade divina. Conseguiu vislumbrar como poucos as incontáveis graças das quais a Santíssima Trindade a cumulou; como não poderia deixar de ser, chamava a Virgem de o "paraíso terrestre" do qual Deus Pai adornou de todas as suas riquezas, todas as suas pedras preciosas, todos os seus tesouros mais valiosos, encerrando neste, por fim, seu próprio Filho.

Sim, o exemplo de Maria era, para São Luiz, totalmente fascinante. Decidiu pois viver por Jesus uma escravidão de amor, uma entrega total, não somente do que possuía mas de si mesmo. Para isso, se lançou nos braços da Mãe de Deus como seu menor escravo, o mais indigno dos súditos, o qual se põe aos pés de sua senhora esperando a menor de suas ordens, embora sempre soubesse qual seria feita: "Fazei  tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5).

Mas como as rosas, por mais belas que sejam, possuem espinhos, São Luiz também experimentou a hostilidade e a perseguição de muitos, chegando inclusive a ser envenenado por calvinistas invejosos de sua forte espiritualidade, sendo por esse motivo tratado pela Igreja como confessor; em outras palavras, aquele que foi perseguido mas não ao ponto de chegar ao martírio.

Em 1712, escreveu um livro intitulado "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria", no qual, em cada palavra, derramou seu espírito na tentativa de apresentar aos seus irmãos a graça de viver a real devoção a Jesus Cristo por Maria; apresentou nessa obra um verdadeiro estudo mariológico como raramente se viu e propôs uma fórmula de consagração ao venerável coração da dulcíssima Virgem.

No ano de 1716, quatro anos após escrever sua mais famosa obra, São Luiz partiu para a glória eterna depois de humildemente viver seu "Totus tuus", pensamento que foi meditado por vários santos e chegou a ser usado como lema de pontificado do Beato João Paulo II. Para nós essa é a forma pela qual renovamos, anualmente, nossa consagração à nossa Rainha:

"Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt" ("Eu sou todo teu, e tudo que é meu é teu").


São Luiz Maria de Montfort, rogai por nós!

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