quarta-feira, 11 de abril de 2012

Rezemos: Descriminalização do Aborto

Salve Maria!

Neste exato momento, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão votando sobre a possibilidade da descriminalização do aborto em casos de fetos anencéfalos. Até agora, cinco ministros deram se voto favorável à medida.

Contudo, mesmo nos casos de anencefalia, a interrupção da gestação não se constitui numa alternativa considerável. Várias são as patologias e malformações relatadas e que ocorrem o tempo inteiro. Várias delas causarão, com grande probabilidade, morte neonatal, durante a infância ou mesmo adolescência, muitos de seus portadores não chegarão à idade adulta. Nós mesmos temos, cada um, um determinado tempo de vida influenciado por vários fatores, sejam eles genéticos, ambientais ou biológicos. A anencefalia traz à tona uma realidade dramática, mas não absurdamente diferente.

É bem verdade que uma pessoa, na qual o encefálo não se desenvolveu satisfatoriamente, terá pouquíssimo tempo de vida depois do nascimento. Mas e o que falar dos portadores de síndromes graves que geram uma expectativa de vida não superior aos dez anos de idade? São eles descartáveis?

Obviamente a anencefalia é uma situação dificílima para a gestante que, após descobrir que é mãe e planejava todos os cuidados que tomaria para com o(a) filho(a), vê diante dessa realidade toda a frustração de saber que todos aqueles momentos especialíssimos que iriam ocorrer, na verdade, nunca acontecerão. Mas, mesmo nessas circunstâncias, a breve vida do anencéfalo é um seu direito indelével como ser humano que é.

Apesar da dificuldade de uma realidade como essa, as mães devem estar abertas à vontade divina, na qual tudo se origina e onde tudo se acaba, vivendo cada momento daquela gestação como oportunidade de desfrutar sua maternidade oculta. Sim, o fato de gerar um anencéfalo não tira de sua genitora a realidade materna, nem muito menos significa a negação de sua humanidade. O anencéfalo, quando no ventre, se movimenta como outras crianças, tem o funcionamento de seus órgãos assim como os outros. A diferença é que, para o anencéfalo, a vida se põe pouco após seu nascimento.

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