sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Revolução Sexual: Métodos Contraceptivos e Aborto

Salve Maria!

"Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher ; e os dois formarão uma só carne" (Gn 2,24).

Na criação do mundo, o Senhor planejou todas as formas de vida existentes no planeta e pôs em toda a natureza uma ordem a fim de garantir a manutenção e propagação da vida, sua obra prima. Para cumprir essa vontade, chamou à existência homem e mulher e os deu como missão o privilégio de participar eficazmente na sua ação criadora, conferindo-os a possibilidade de gerar novos seres a partir da união conjugal, abençoada por Ele através do sacramento do Matrimônio.

Presente na história da humanidade, o Bom Deus sempre demonstrou, desde o Antigo Testamento, a sua proteção especial àqueles aos quais chamou a ser sua imagem e semelhança, chegando a tratar Israel como seu filho quando falou a Moisés: "Tu lhe dirás: Assim fala o Senhor: Israel é meu filho primogênito" (Ex 4,22). Contudo, no Novo Testamento, essa filiação atinge sua plenitude a partir do mistério da Encarnação de seu Filho, que, assumindo a natureza humana, se torna também homem. Neste sentido, há a elevação da família a um grau de santidade jamais alcançada anteriormente, pois o próprio Deus quis participar de uma família juntamente com a Virgem Maria e o justo José.

Pelos motivos expostos, como não poderia ser diferente, as mais distintas gerações encontraram no Cristianismo, ao longo de vários séculos, a confirmação desses valores. Valores que contribuíram decisiva e diretamente na relações interpessoais dos mais variados povos, e, por assim dizer, na própria construção da civilização ocidental. Contudo, a partir de ideologias não somente anti-religiosas, mas particularmente anti-cristãs, surgidas na Idade Moderna e que ganharam força no último século, a sociedade do ocidente passou a perder gradativamente os mais elementares dos conceitos morais e éticos que sempre regeram a vida das pessoas e ajudaram na manutenção da ordem social.

Dentre os eventos que ganharam mais notoriedade, podemos destacar a revolução sexual, originada durante a década de 60 e que pretendia pôr abaixo as "barreiras morais" edificadas pelas religiões, alegando serem elas responsáveis por um estado de repressão sexual em que se encontrava imersa a sociedade. Em parte, esse sentimento de liberdade sexual foi impulsionado pelo desenvolvimento de métodos contraceptivos, como a primeira pílula anticoncepcional, o que garantiu aos casais a quase integral certeza de que a gravidez não ocorreria. Em outras palavras, o sexo, que sempre serviu para promover o caráter unitivo do casal e a geração de uma nova vida, passava agora a ter na gravidez sua pior consequência e que devia a todo custo ser evitada.

Nesse ponto, ficou patente que boa parte das relações sexuais realizadas a partir de então, longe de ser uma realidade de doação mútua dos esposos (caráter unitivo) e de sua generosidade em continuar a obra criadora de Deus (caráter procriador), o sexo passou a ser uma mera fonte de prazer totalmente egoísta, próprio de uma sociedade cada vez mais centrada em si mesma. Porém o mais grave ainda estava por vir.

Para evitar a gestação, as primeiras pílulas disponíveis no mercado continham unicamente em sua composição o hormônio feminino progesterona. Estas agiam na mulher inibindo sua ovulação e aumentando a dificuldade na passagem dos espermatozóides pelo colo do útero. Contudo, a elevação no índice de doenças, como o câncer, associadas à utilização desses contraceptivos acabou gerando uma reavaliação do método e, posteriormente, levou ao desenvolvimento dos medicamentos que possuem hormônios combinados, usados até hoje. O problema é que, além de impossibilitar a procriação (algo condenado pela Igreja pois fere uma das finalidades do sexo), esses novos medicamentos também passaram a ter como um dos mecanismos de ação o potencial de promover alterações na parede uterina (endométrio) de forma que, se houver fecundação, ao chegar no útero, o blastocisto não conseguirá implantar-se em sua parede e será expulso com as demais secreções, acontecendo, assim, o aborto.

Todavia, nos deparamos com um outro problema: a absoluta maioria das mulheres não tem ideia dessa realidade potencialmente abortiva de tais medicamentos. O que acontece é que os profissionais da saúde, sobretudo os ginecologistas, não as alertam sobre esses riscos e fazem com que elas, mesmo inconscientemente, assumam o risco de realizar um aborto que passará desapercebido. Sim, pois nesse estágio de desenvolvimento, o novo ser humano se resume, microscopicamente, a um aglomerado de células, fato que não permitirá à mulher estar ciente do que está acontecendo.

Sobre este assunto, o Padre Paulo Ricardo disponibilizou, em seu site, um vídeo alertando as mulheres que estão sendo vergonhosamente enganadas por pessoas que pouco se importam com a defesa da vida. Para ter acesso à gravação, clique aqui.

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