sábado, 31 de março de 2012

Intolerância Religiosa

Salve Maria!

Hoje, depois de tomar o café da manhã, como de costume, liguei o computador e fui até o email conferir se alguém havia me remetido algo, um aviso ou coisa do tipo. Em seguida, decidi entrar no orkut (esse está agonizando diante da transferencia em massa de usuários para o facebook) e percebi que havia, na página inicial, uma atualização de uma de minhas amigas que havia postado um caso verdadeiramente revoltante.

A matéria publicada no techtudo falava a respeito de um médico inglês, David Drew, que havia sido demitido sob a alegação de que este estava tentando impor sua religião aos colegas que trabalhavam no hospital. A razão para a demissão, alegada pelos outros profissionais, era de que o médico cristão enviara orações para seus respectivos emails, o que, nas suas visões, era uma violação dos seus direitos de crença.

Por outro lado, o protagonista dessa polêmica, o senhor Drew, afirmou que o que havia feito foi, primeiramente, enviado uma mensagem onde ele desejava um "Natal de muita paz" e orações para motivar seu departamento. David ainda lamentou o ocorrido e disse que, se os colegas estavam insatisfeitos, esperava que eles o comunicassem seu descontentamento e não que fariam uma queixa à direção que culminasse com a sua demissão da unidade de saúde.

É incrível como situações como essa ocorrem. Tipificar alguém que toma uma atitude como essa de maníaco religioso, um fanático que não sabe respeitar a crença alheia, é, no mínimo, de uma insensatez sem precedentes. Se era para demiti-lo, que ao menos fosse por uma falha na conduta médica ou, ao menos, por uma falta de ética grave. Ter ao menos a dignidade de alertar a pessoa seu descontamento com as mensagens, ou bloqueá-lo dos seus contatos, seriam alternativas muito mais adequadas de que uma demissão.

Mas o Brasil começa a dar sinais de que aqui não será diferente. Na última semana, assisti, na TV Justiça, um "debate" (se é que se podia chamar assim) entre um jurista e um sociólogo tendo como pauta a decisão do Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul em retirar, dos tribunais de justiça, os crucifixos, acatando o pedido feito pela ONG Liga Brasileira de Lésbicas. Sempre acreditei que um debate era uma discussão onde pessoas expunham suas opiniões referentes a um tema, onde essas argumentariam defendendo sua posição as quais, geralmente, são divergentes. No entanto, para minha surpresa, o que havia era um juiz defendendo a decisão, utilizando como argumento a famigerada laicidade estatal, um sociólogo que celebrava a atitude do MP-RS como forma de dar ouvidos também às minorias e, por último, a apresentadora que orquestrava esses argumentos passando-os ao telespectadores como uma realidade aprovável.

É por razões assim, que passo a acreditar que chegará o tempo em que seremos impedidos de visitar lares, hospitais e penitenciárias sob a acusação de violação da liberdade de crença. Não poderemos mais realizar eventos públicos como a recitação do santo rosário nas praças, bem como a antiquíssima tradição cristã das vias sacras nas ruas, que serão tomadas como atos violentos de imposição da fé. Enfim, nos proibirão de evangelizar sob o pretexto de sermos fanáticos e intolerantes às preferências religiosas dos outros.

Enquanto isso são realizadas passeatas do orgulho gay por todo o Brasil, nossos filhos aprendem a ser homossexuais com a utilização de kits gay nas escolas, os pais não podem mais disciplinar seus filhos convenientemente (lei da palmada), não posso externar minha opinião contrária ao homossexualismo...

Depois somos nós os intolerantes.

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